terça-feira, 17 de novembro de 2009


Eu tenho levado uma vida em branco
Anônima no máximo que eu posso
Ao meu redor construo um grande fosso
Dentro de mim, assim, posso ser franco

Não quero o mundo fora, onde eu me espanco
Nos olhares humanos, sou um troço
O que eles querem ver é meu destroço
Sou mais ficar sentado no meu banco

Tudo o que existe deve perecer
Somente os tolos vão permanecer
Pois a tortura nunca terá fim

Enquanto espero tento me encantar
Cigarro alheio vem roubar-me o ar
Eu quero uma cidade só pra mim

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saudade

Saudade de quem não vejo há anos,
Saudade de quem não vejo há dias,
Saudade de quem não vejo ontem,
Saudade me faz fazer loucuras..
Saudade do tempo, da chuva, do mar e da primavera que só vem uma vez ao ano...
e nada consigo fazer quando a saudade me aperta!
O importante da saudade é a sede de matá-la afogada em um rio verde cheio de despedidas desordenadas, depois voltar à tona, subir ate a superficie e respirar profundamente, como se fosse a primeira vez.
Com saudade sinto que a ausência é dolorosa, e a consequência de ficar perto do motivo é freneticamente intensa.
Que saudade é essa?
Minha saudade,saudade insana.
sem nada na cabeças esses dias, só com muita saudade de Carol! Acho que amanhã coloco algo aqui...


"Trancado em meu quarto com meu cigarro!"

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Minha solidão é o meu cigarro"


O amor me consome com a mesma intensidade que consumo os meus cigarros.
E eu, assim como o cigarro, vou me consumindo calado, silencioso e lentamente.

Só eu sei o que se passa aqui dentro, só eu posso sentir.
Só eu, e meus cigarros

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu fumando o cigarro da saudade





É bem triste sofrer de solidão,
Lamentar pela ausência de alguém,
Procurar por prazer no que se tem
E encontrar só vestígios de paixão.
Dá um aperto feroz no coração
E o juízo do homem desmantela,
A fraqueza do macho se revela
Quando vê que está só e que é verdade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.

Eu procuro esquecer, mas não tem jeito.
Já tentei outro amor, mas não consigo.
Já busquei um consolo, um ombro amigo,
Mas a dor que lateja no meu peito
Não me deixa viver, e eu suspeito
Que é capaz de eu morrer pensando nela.
A lembrança é um trator que me atropela
Esmagando meu ser sem piedade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.

A saudade qual fogo me consome
Reduziu-se a cinza o amor vivido,
Mas se já não existe amor, sentido,
Seu fantasma resiste, nunca some!
Transformou-se num vício, numa fome
Incessante e voraz, numa mazela.
O vazio da ausência me flagela
E me faz implorar por caridade.
Eu fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela.

Medo

Nesse momento dedesespero, quem você será?
Você baixará a guarda?
E achará conforto em alguém em que não esperava?
Você esticará os braços?
Você enfrentará seus maiores medos corajosamente?
E seguir em frente com fé?
Ou você vai sucumbir a escuridão da sua alma?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Último Poema

Da morte, por que ter medo?
Terei apenas saudades
de alguns amigos que fiz,
de alguns dias que não vivi,
da viola e do luar
e dos meus sonhos pueris,
do agreste e do verde mar.

Também levarei saudades
de cada esquina da vida,
do papo molhado da noite,
das noites não dormidas;
das perguntas de toda sorte
nem sempre respondidas.

Por que temer a morte,
se morte também é vida
e sempre estão de mãos dadas,
nos becos, estradas, avenidas.

Da morte não terei medo,
mas sim, saudades da vida,
que, se porventura não vivida,
lamentarei ter de ir cedo.
Mas restará a eternidade
e atribuirei à fatalidade
se não mais puder ficar.
Quem sabe a felicidade
não mora do lado de lá?

Pra resumir o assunto,
apenas levarei saudade,
da vida, se não viver muito.

Sorverei minha última hora
com a mesma serenidade
deste minuto de agora,
pois tudo valerá a pena,
se encararmos com a naturalidade
sem medo e com a serenidade
deste meu último poema!

Solidão!

Vou falar de uma coisa
Da solidão
Não da que todos sentem
A minha é diferente
Pode perguntar
Ao meu coração
Nem toda solidão é igual
Só sabe quem sente
E quem sente
Se Cala
E quem cala consente
Ser diferente
Cada solidão
Podemos ser sozinhos
No meio
De uma multidão
Podendo ter alguém do seu lado
E a malvada
Solidão
Não te deixa ver
Mas a minha é diferente
Sei disso
Porque nela convivo
Sei que estou vivo
E vivo nesta ilusão.
Para o poeta
A solidão é musica
Força de vontade
Inspiração
Mas pra quem sente
Solidão nada mais é
Que solidão...